Postado por: homiliadezembro 23rd, 2011
A Igreja celebra o nascimento de São João como algo sagrado. Celebramos o nascimento de João - e o de Cristo, claro, – que foi motivo de alegria para muitos.
Quando São João Batista nasceu, a Virgem Maria estava em sua casa. Quanta alegria e doçura reinavam naquele lar! Os dias da Virgem na casa de Zacarias foram de grande gozo para todos. Maria dava um novo sentido aos pequenos sucessos cotidianos. Desta alegria contagiosa participavam vizinhos e parentes: “Os vizinhos e os parentes ouviram dizer que Deus a cumulara com sua misericórdia e com ela se alegraram“.
Os vizinhos e parentes se alegraram por Isabel ter sido agraciada por Deus: “Não temas, Zacarias, porque a tua súplica foi ouvida, e Isabel, tua mulher, vai te dar um filho, ao qual porás o nome de João. Terás alegria e regozijo, e muitos se alegrarão com o seu nascimento. Pois ele será grande diante do Senhor; não beberá vinho, nem bebida embriagante; ficará pleno do Espírito Santo ainda no seio de sua mãe” (Lc 1, 13-15).
Hoje, infelizmente, muitos se enchem de inveja e de ódio, quando ficam sabendo que uma pessoa recebeu alguma graça ou que está progredindo na vida. Essa é a atitude de pessoas amigas e discípulas do demônio.
Você sabe quais são os sinais para saber se uma pessoa é invejosa?
1º Alegrar-se com o mal alheio. Se você percebe que uma pessoa se alegra com a desgraça do próximo, que sente prazer por qualquer insucesso ou fracasso do próximo, então, já descobriu uma pessoa invejosa. I Pd 2, 1 nos exorta: “Rejeitai… qualquer espécie de inveja“. Cuidado com esse tipo de gente. Isto é, cuidado com a pessoa que se alegra com o mal alheio, pois ela é pior que o diabo. Os invejosos são piores que o diabo, pois o diabo não inveja os outros diabos, ao passo que os homens não respeitam nem sequer os participantes da sua própria natureza.
2º Entristecer-se com o bem alheio. Se você percebe que uma pessoa se entristece só porque viu alguém subir de cargo, tome cuidado, ela é invejosa e venenosa. O invejoso não consegue se controlar diante do sucesso do próximo, ele fica inquieto e se transforma num monstro: enruga a testa, cerra os dentes, torce o nariz, fica com o semblante azedo e olhos fixos no chão. A inveja, quando não destrói o invejado, tira a paz do invejoso!
3º Reprimir os louvores dados aos outros. O invejoso não suporta ouvir ninguém ser elogiado, logo diz algo contra a pessoa que foi alvo dos elogios. Ele encontra defeito em tudo. Aos olhos do invejoso qualquer defeito dos outros é grande. O invejoso também vê o bem, mas sempre com maus olhos. Até das pessoas santas o invejoso tenta tirar alguma coisa, não podendo negar o louvor aos santos, ele o faz com avareza e reserva. Quanta maldade!
4º Falar mal do próximo. A língua do invejoso se assemelha a uma metralhadora incontrolável. A sua inveja é tão grande que ele fala mal do próximo publicamente e também em segredo; quanto aos defeitos dos outros, o invejoso sempre aumenta ou inventa. Da inveja nascem o ódio, a maledicência e a calúnia.
No Antigo Testamento a circuncisão era um rito instituído por Deus para assinalar como com uma marca e contrassenha os que pertenciam ao povo eleito. Deus mandou a circuncisão a Abraão como sinal da Aliança que estabelecia com ele e com toda a sua descendência (cf. Gn 17, 10-14), e prescreveu que se realizasse no oitavo dia do nascimento do bebê. O rito realizava-se na casa paterna ou na sinagoga, e além da operação sobre o corpo do menino, incluía bênçãos e a imposição do nome.
Com a instituição do batismo cristão cessou o mandamento da circuncisão. Os Apóstolos, no Concílio de Jerusalém (cf. At 15, 1 ss.), declararam definitivamente abolida a necessidade do antigo rito para os que ingressavam na Igreja.
A libertação da voz de Zacarias, no nascimento de João, é o mesmo que o “rasgar-se do véu do templo” pela cruz de Cristo. Se anunciasse a si mesmo, João não abriria a boca de Zacarias. Se solta a língua, é porque nasce a voz. E João é esta “voz”, já a prenunciar o Senhor.
Com razão se soltou em seguida a sua língua, porque a fé desatou o que tinha atado a incredulidade. É um caso semelhante ao do apóstolo São Tomé, que tinha resistido a crer na Ressurreição do Senhor, e acreditou depois das provas evidentes que lhe deu Jesus ressuscitado (cf. Jo 20, 24-29). Com estes dois homens, Deus faz o milagre e vence a incredulidade. Mas, ordinariamente, Deus exige-nos fé e obediência sem realizar novos milagres. Por isso repreendeu e castigou Zacarias, e censurou o apóstolo Tomé: “Porque Me viste acreditaste; bem-aventurados os que sem ter visto acreditaram” (Jo 20, 29).
As pessoas ali presentes compreenderam que estavam diante de algo sobrenatural, ainda que não tivessem um conhecimento completo do que estava acontecendo: “… e por toda a região montanhosa da Judeia comentavam-se esses fatos. E diziam: ‘Que virá a ser esse menino?’ E, de fato, a mão do Senhor estava com ele”.
Que São João Batista abra os nossos olhos e a nossa língua, porque estamos cegos e mudos espiritualmente. Os vícios nos cegaram e selaram nossos lábios. Não conseguimos enxergar e falar da grandeza e santidade divinas.
Padre Bantu Mendonça
Quando São João Batista nasceu, a Virgem Maria estava em sua casa. Quanta alegria e doçura reinavam naquele lar! Os dias da Virgem na casa de Zacarias foram de grande gozo para todos. Maria dava um novo sentido aos pequenos sucessos cotidianos. Desta alegria contagiosa participavam vizinhos e parentes: “Os vizinhos e os parentes ouviram dizer que Deus a cumulara com sua misericórdia e com ela se alegraram“.
Os vizinhos e parentes se alegraram por Isabel ter sido agraciada por Deus: “Não temas, Zacarias, porque a tua súplica foi ouvida, e Isabel, tua mulher, vai te dar um filho, ao qual porás o nome de João. Terás alegria e regozijo, e muitos se alegrarão com o seu nascimento. Pois ele será grande diante do Senhor; não beberá vinho, nem bebida embriagante; ficará pleno do Espírito Santo ainda no seio de sua mãe” (Lc 1, 13-15).
Hoje, infelizmente, muitos se enchem de inveja e de ódio, quando ficam sabendo que uma pessoa recebeu alguma graça ou que está progredindo na vida. Essa é a atitude de pessoas amigas e discípulas do demônio.
Você sabe quais são os sinais para saber se uma pessoa é invejosa?
1º Alegrar-se com o mal alheio. Se você percebe que uma pessoa se alegra com a desgraça do próximo, que sente prazer por qualquer insucesso ou fracasso do próximo, então, já descobriu uma pessoa invejosa. I Pd 2, 1 nos exorta: “Rejeitai… qualquer espécie de inveja“. Cuidado com esse tipo de gente. Isto é, cuidado com a pessoa que se alegra com o mal alheio, pois ela é pior que o diabo. Os invejosos são piores que o diabo, pois o diabo não inveja os outros diabos, ao passo que os homens não respeitam nem sequer os participantes da sua própria natureza.
2º Entristecer-se com o bem alheio. Se você percebe que uma pessoa se entristece só porque viu alguém subir de cargo, tome cuidado, ela é invejosa e venenosa. O invejoso não consegue se controlar diante do sucesso do próximo, ele fica inquieto e se transforma num monstro: enruga a testa, cerra os dentes, torce o nariz, fica com o semblante azedo e olhos fixos no chão. A inveja, quando não destrói o invejado, tira a paz do invejoso!
3º Reprimir os louvores dados aos outros. O invejoso não suporta ouvir ninguém ser elogiado, logo diz algo contra a pessoa que foi alvo dos elogios. Ele encontra defeito em tudo. Aos olhos do invejoso qualquer defeito dos outros é grande. O invejoso também vê o bem, mas sempre com maus olhos. Até das pessoas santas o invejoso tenta tirar alguma coisa, não podendo negar o louvor aos santos, ele o faz com avareza e reserva. Quanta maldade!
4º Falar mal do próximo. A língua do invejoso se assemelha a uma metralhadora incontrolável. A sua inveja é tão grande que ele fala mal do próximo publicamente e também em segredo; quanto aos defeitos dos outros, o invejoso sempre aumenta ou inventa. Da inveja nascem o ódio, a maledicência e a calúnia.
No Antigo Testamento a circuncisão era um rito instituído por Deus para assinalar como com uma marca e contrassenha os que pertenciam ao povo eleito. Deus mandou a circuncisão a Abraão como sinal da Aliança que estabelecia com ele e com toda a sua descendência (cf. Gn 17, 10-14), e prescreveu que se realizasse no oitavo dia do nascimento do bebê. O rito realizava-se na casa paterna ou na sinagoga, e além da operação sobre o corpo do menino, incluía bênçãos e a imposição do nome.
Com a instituição do batismo cristão cessou o mandamento da circuncisão. Os Apóstolos, no Concílio de Jerusalém (cf. At 15, 1 ss.), declararam definitivamente abolida a necessidade do antigo rito para os que ingressavam na Igreja.
A libertação da voz de Zacarias, no nascimento de João, é o mesmo que o “rasgar-se do véu do templo” pela cruz de Cristo. Se anunciasse a si mesmo, João não abriria a boca de Zacarias. Se solta a língua, é porque nasce a voz. E João é esta “voz”, já a prenunciar o Senhor.
Com razão se soltou em seguida a sua língua, porque a fé desatou o que tinha atado a incredulidade. É um caso semelhante ao do apóstolo São Tomé, que tinha resistido a crer na Ressurreição do Senhor, e acreditou depois das provas evidentes que lhe deu Jesus ressuscitado (cf. Jo 20, 24-29). Com estes dois homens, Deus faz o milagre e vence a incredulidade. Mas, ordinariamente, Deus exige-nos fé e obediência sem realizar novos milagres. Por isso repreendeu e castigou Zacarias, e censurou o apóstolo Tomé: “Porque Me viste acreditaste; bem-aventurados os que sem ter visto acreditaram” (Jo 20, 29).
As pessoas ali presentes compreenderam que estavam diante de algo sobrenatural, ainda que não tivessem um conhecimento completo do que estava acontecendo: “… e por toda a região montanhosa da Judeia comentavam-se esses fatos. E diziam: ‘Que virá a ser esse menino?’ E, de fato, a mão do Senhor estava com ele”.
Que São João Batista abra os nossos olhos e a nossa língua, porque estamos cegos e mudos espiritualmente. Os vícios nos cegaram e selaram nossos lábios. Não conseguimos enxergar e falar da grandeza e santidade divinas.
Padre Bantu Mendonça