quinta-feira, 30 de junho de 2011

Perigos da Tagarelice





“A boca fala daquilo que o coração está cheio”. (Mt 15,18)
Sabedoria Divina, palavra de Deus.

Cuidado com o seu falar.

Mas principalmente, cuidado com o seu falar sobre o outro.

Falar COM OS OUTROS sobre coisas e vidas alheias é muito fácil, 
difícil é ter coragem de dizer o mesmo, com as MESMAS palavras, diante de quem se fala!

Julgar uma situação, falar de algo que NÃO te pertence e que você NÃO conhece o inteiro teor é imprudência.

E não pense você, que se o comentário não é seu, se não saiu da sua boca, que você está isento de culpa! 
Ah, quem se cala, consente!  Seu dever é o de interromper a fala imprudente e o comentário indevido, vulgo "fofoca".

E não se iluda: a partir do momento que uma palavra sai da sua boca, você não tem mais NENHUM controle sobre ela! Isto é, quem te garante que o que você falou, da sua maneira, ou de uma maneira pior ainda, mas com o seu nome no meio, não irá chegar ao conhecimento da pessoa de quem você falou???
E quase sempre, sempre, chega! 

E sabe o que é pior quando chega? É porque a flecha atirada volta para você mesmo: "a boca fala do que o coração está cheio", esse é seu interior? Cheio de sentimentos ruins, inveja alheia?

  A palavra  maldita é um mal contra você mesmo,  além de não controlá-la, você não pode freá-la, e ela é, nada mais, nada menos, que uma denúncia, uma exposição do que você tem no seu coração. 

Cuidado ao falar dos outros, ainda que seja um comentário despretencioso, cuidado!

 Antes de falar, reflita: 
Eu falaria isso na frente dessa pessoa de quem estou falando? 
Meu comentário é bom? porque se for algo ruim, guarde para você, caso contrário você corre o risco de ser mal interpretado! 
Minhas intenções, ao fazer esse comentário, são realmente boas? 
Meu comentário é, de fato, necessário? 

"Quem vive tagalerando revela segredos;
o homem leal esconde o que precisa" (Provérbios 11, 13)

"Quem vigia a boca protege a própria vida;
arruína-se quem escancara os lábios." (Provérbios 13, 3)

"As intenções do ímpio serão examinadas, e o som de suas palavras chegará até o Senhor,
como prova de seus crimes.
Há um ouvido ciumento escutando tudo;
não lhe escapa o resmungo murmurado.
Evitai, portanto, o inútil resmungar
e, para não maldizer, refreai a língua:
palavra dita em segredo não fica sem sequela,
e boca caluniadora mata a alma. (Sabedoria, 1, 9-11)

"Não repitas jamais o que dizem,
e jamais perderás coisa alguma.
Não contes nada, nem de amigo nem de inimigo;
a menos que o silêncio te renda cúmplice, nada reveles;
pois poderiam ouvir-te e desconfiar-te de ti,
e, chegado o momento, mostrar-te-iam seu ódio.
Ouviste um caso? Sê como um túmulo!
Fica tranquilo, ele não te fará estourar.
Por uma palavra o insensato mete-se em dores,
como a mulher em dores de parto.
Uma flecha cravada na carne da coxa,
tal é a palavra no ventre do tolo." (Eclesiástico 19, 7-12)

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